Prícipios Básicos da Wicca
As poucas regras existentes na Wicca têm um caráter essencialmente funcional e são vistas não como mandamentos de qualquer
divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de relacionamento entre pessoas que partilham interesses comuns. São
apenas alguns princípios genéricos ligados a valores ecológicos e individuais de largo consenso e à liberdade de expressão
da religiosidade como é sentida e recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na regra básica "Faz o que quiseres
desde que não faças mal", a única regra que todos os membros da Wicca procuram seguir.
Lei Wiccana
(Rede Wiccana)
A Lei Wiccana respeita, Perfeito amor, confiança perfeita. Viva e deixa viver, Dá o justo para assim receber. Três vezes
o círculo traça E assim o mal afasta. E para firmar bem o encanto Entoa em verso ou em canto. Olhos brandos, toque leve, Fala
pouco, muito ouve. Pelo horário a crescente se levanta E a Runa da Bruxa canta. Pelo anti-horário a minguante vigia E entoa
a Runa Sombria. Quando está nova a lua da Mãe, Beija duas vezes Suas mãos. Quando a lua ao topo chegar, Teu coração se deixará
levar. Para o poderoso vento norte, Tranca as portas e boa sorte. Do sul o vento benfazejo, Do amor te traz um beijo. Quando
vem do oeste o vento, Vêm os espíritos sem alento. E quando do leste ele soprar, Novidades para comemorar. Nove madeiras no
caldeirão, Queima com pressa e lentidão. Mas a árvore anciã, venera, Se queimares, o mal te espera. Quando a Roda começa a
girar É hora do fogo de Beltane queimar. Em Yule, acende tua tora, O Deus de chifres reina agora. A flor, a erva, a fruta
boa, É a Deusa que te abençoa. Para onde a água correr, Joga uma pedra para tudo ver. Se precisas de algo com razão, À cobiça
alheia não dá atenção. E a companhia do tolo, melhor evitar, Ou arriscas a ele te igualar. Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede. Da Lei Tríplice lembre também, Três vezes o mal, três vezes o bem. Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte. Cultiva no amor a sinceridade, Para receber igual verdade. Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres, Sem nenhum mal causar.
Wicca Rede
O Wiccan Rede (Rede Wiccaniano) é um provérbio que resume a ética da religião neo-pagã Wicca. A forma mais comum do rede
é "Contanto que mal não faças, faz o que quiserdes" (Em inglês: An it harm none, do what ye will).
"Rede" é uma palavra do Inglês Medieval significando "conselho", "admoestação" e é normalmente
utilizado nesse formato, sem tradução, pelos wiccanianos lusófonos.
Wicca é uma religião neopagã, fundada originalmente pelo funcionário público britânico Gerald Gardner. Embora essa fundação
tenha ocorrido provavelmente na década de 1940, só foi revelada publicamente em 1954.
Desde sua fundação, várias tradições de Wicca evoluíram ou foram criadas. A tradição que segue os ensinamentos e práticas
específicos, conforme estabelecidos por Gardner, é denominada Tradição Gardneriana. Além dela, muitas outra Tradições de Wicca
se desenvolveram e também existem muitos praticantes de Wicca que não pertencem a nenhuma Tradição estabelecida, mas criam
a sua própria forma de culto aos Antigos Deuses.
Definição
A palavra Wicca vem do Inglês Antigo, tendo sido reintroduzida no uso moderno daquele idioma por Gerald Gardner, em sua
publicação de 1954. Embora Gardner utilizasse a grafia "Wica", popularizou-se o uso de "Wicca", mais aderente
à etimologia da língua inglesa.
Os primeiros livros sobre Wicca em língua portuguesa foram traduções da língua inglesa, tendo seus tradutores optado por
manter a grafia original. Mais tarde, Os livros escritos diretamente em Português mantiveram esse uso. No entanto, não há
consenso entre autores e tradutores sobre a palavra a ser usada na língua portuguesa para designar o praticante da religião
Wicca, sendo utilizadas mais amplamente as formas wiccano e wiccaniano. É também de uso mais restrito a forma wiccão.
Os defensores da forma wiccano, alegam ter sido a mesma utilizada na primeira tradução para português de um livro sobre
Wicca, "Os Mistérios Wiccanos", de Raven Grimassi, por Cláudio "Crow" Quintino.
Os defensores da forma wiccaniano, alegam ter sido o primeiro livro sobre Wicca traduzido para o português a "Feitiçaria
Moderna" de Gerina Dunwich, onde foi utilizada essa forma. Alegam ainda que a tradução wiccano é gramaticalmente incorreta
pois o final "ano" se aplica somente a tradução de nacionalidade como indiANO, peruANO, americANO.
Os demais termos são normalmente mantidos sem tradução, em sua forma originalmente usada na língua inglesa.
Embora sejam algumas vezes usadas como sinônimo, "Wicca" e "Bruxaria" são conceitos diferentes. A
confusão se dá porque tanto os praticantes de Wicca quanto os de Bruxaria se denominam Bruxos. Da mesma forma, não devem ser
confundidos os termos "Wicca" e "Paganismo", uma vez que a Wicca é apenas uma das expressões do paganismo.
A Wicca é uma religião iniciática. Essa religião pode ser praticada tanto de forma tradicional quanto de forma solitária.
Nas formas tradicionais, os praticantes avançam através de "graus" pré-definidos de iniciação e geralmente trabalham
em covens ou círculos. Nas formas solitárias, os praticantes geralmente se auto-dedicam e auto-iniciam nas práticas da Wicca,
e depois normalmente a praticam sozinhos. Algumas vezes, solitários são iniciados por outros sacerdotes ou sacerdotisas antes
de estabelecerem sua prática.
Todas as formas de Wicca cultuam à Deusa e ao Deus, variando porém o grau de importância dado ao culto de cada um deles.
Crenças e Práticas
Há diversas denominações (chamadas comumente de Tradições) Wiccanas. Assim, há uma enorme quantidade de variações sobre
as crenças e as práticas Wiccanas.
A prática Wiccana mais comum cultua duas divindades, a Deusa e o Deus, algumas vezes chamado de Deus Cornífero (Do latim,
"o que porta cornos"). Algumas tradições, principalmente as denominadas Tradições Diânicas, dão mais ênfase ao culto
da Deusa, outras dão ênfase ao Deus e a Deusa,como complementos de toda a criação, como no caso a Tradição dos Pentáculos.
Em alguns casos, o Deus tem um papel diminuído, ou mesmo inexistente.
A maioria dos praticantes de Wicca, no entanto, não se diz dualista, mas politeísta, às vezes com referências a panteões
específicos, como o celta, ou o grego. Alguns praticantes da Wicca poderiam ainda ser classificados, dependendo de sua Tradição
ou crença pessoal, como animistas, panteístas, panenteístas, agnósticos, dentre outras de uma vasta faixa de possibilidades.
Os ritos da Wicca reverenciam a ligação da vida dos praticantes com a Terra. Essa reverência se expressa, principalmente,
através de rituais cuja liturgia celebra as lunações e as mudanças das estações do ano.
Os praticantes de Wicca realizam rituais em honra à Deusa nas noites de Lua Cheia. Esses rituais são normalmente denominados
Esbats. Algumas tradições chamam também de Esbat rituais realizados nas demais fases da lua.
O culto à Deusa pode ser feito a um dos aspectos do divino feminino:
* A virgem, que representa a pureza feminina, o vigor, a inocência e a sedução;
* A mãe, fonte da vida e protetora;
* A anciã, velha e sábia, conhecedora dos maiores mistérios da vida e da morte.
A maioria das tradições comemora anualmente oito festivais sazonais, chamados normalmente de Sabbats. Quatro deles, chamados
também Sabbats Maiores por algumas tradições, celebram o auge das estações. São eles o Samhain (Outono), Beltane (Primavera),
Imbolc (Inverno) e Lammas ou Lughnasadh (Verão). Os demais, chamados às vezes de Sabbats Menores, comemoram Solstícios - Litha
(Verão), Yule (Inverno) - e Equinócios - Ostara (Primavera) e Mabon (Outono).
Há uma grande controvérsia entre os praticantes brasileiros sobre qual a forma mais adequada de escolher as datas dos
Sabbats. Vários deles defendem que os Sabbats sejam comemorados nas mesmas datas em que isso é feito no Hemisfério Norte (por
exemplo, Yule em Dezembro), enquanto outros defendem a comemoração nas datas em que as estações ocorrem no Hemisfério Sul
(Yule em Junho). Praticantes australianos e uruguaios comemoram, em sua grande maioria, as datas do Hemisfério Sul. Para mais
detalhes, veja Roda do Ano.
Alguns praticantes se reúnem em grupos, denominados Covens ou Círculos, enquanto outros trabalham sozinhos e são chamados
de "solitários". Alguns solitários, no entanto, se reúnem em "encontros" e outros eventos comunitários
mas reservam suas práticas espirituais (Sabbats, Esbats, feitiços, culto, etc.) para quando estão sozinhos. Alguns praticantes
trabalham em comunidade sem necessariamente fazer parte de um Coven.
É usual que os ritos praticantes sejam realizados no interior de um círculo mágico, que é traçado de forma ritual, após
a limpeza e benção do local. Preces ao Deus e à Deusa são proferidas e muitas vezes são feitos feitiços adequados ao rito
em condução. Ao final, é tradicional a partilha de alimento e bebida.
A maioria dos wicannos usa um conjunto de instrumentos de altar em seus rituais. Esses instrumentos incluem, dentre infinitos
outros, vassouras, caldeirões, cálices, bastões, athames (um espécie de adaga ou punhal), facas, velas, incensos, etc. Representações
da Deusa e do Deus são também comuns, seja de forma direta, representativa, simbólica ou abstrata. Os instrumentos são apenas
isso, instrumentos, e não têm poderes próprios ou inerentes. Apesar disso, são normalmente dedicados ou "carregados"
com um propósito específico e usados apenas nesse contexto. É considerado extremamente rude tocar os instrumentos de um bruxo
ou bruxa sem sua permissão.
O pentáculo - um pentagrama, estrela de cinco pontas, inscrito em um círculo - é um dos símbolos mais utilizados por praticantes
para representar sua fé. Normalmente utilizado "de cabeça para cima", é usado para representar 5 elementos componentes
da natureza. Os quatro elementos clássicos - terra, ar, água e fogo - mais o espírito (às vezes chamado de akasha). Muitos
Gardnerianos, no entanto, contestam essa atribuição.
Os praticantes acreditam que cada um deve cultuar a(s) divindade(s) à sua própria maneira. Sem imposições ou leis escritas,
mas com consciência em relação à cidadania, à auto-estima e à preservação ambiental, repudiando qualquer forma de preconceito
e incentivando a igualdade de gênero e a liberdade sexual.
A Wicca tem, como sua lei comum e única, a Lei Tríplice, que dita a regra: "tudo o que fizeres voltará em triplo
de volta para ti". Essa regra ilustra bem a importância do número 3 em sua filosofia, também exemplificada nos aspectos
da Deusa-mãe (virgem, mãe e anciã).
O que a Wicca não é
Os praticantes da Wicca:
* Não acreditam nem adoram o que os Cristãos conhecem como Diabo, Satã ou Demônio;
* Não sacrificam animais ou seres humanos em seus ritos;
* Não odeiam ou desprezam os Cristãos, a Bíblia, Jesus Cristo, os Islâmicos, o Alcorão, Maomé ou qualquer outra expressão
religiosa. Ao contrário, advogam o direito à plena liberdade de expressão religiosa para todas as pessoas, independente de
credo ou denominação;
* Não são sexualmente anticonvencionais (embora o respeito à diversidade, inclusive a sexual, seja um valor importante
para eles);
* Não encorajam o abuso de drogas e orgias sexuais durante seus ritos privados ou públicos (embora possam existir
indivíduos e grupos ligados à Wicca que façam uso de tais práticas, essa postura não é oficial ou ideologicamente aprovada);
* Não são cristãos, islâmicos, judaicos ou praticantes de qualquer outra religião monoteísta.
Além disso:
* Todos os praticantes de Wicca são pagãos, mas nem todos os pagãos são praticantes de Wicca.
* Todos os praticantes de Wicca são bruxos, mas nem todos os bruxos são praticantes de Wicca.
Bibliografia
(Ainda incompleta)
* BUCKLAND, Raymond. Wicca: Um estilo de vida, Religião e Arte: Nova Era, 2003. - 196 p.
* CERRIDWEN, Mavesper Cy. Wicca Brasil: Guia de Rituais das Deusas Brasileiras. São Paulo: Gaia, 2003. 235 p. (ISBN
8575550209)
* CUNNINGHAM, Scott. Vivendo a Wicca: Guia Avançado para o Praticante Solitário. São Paulo: Gaia, 2002. 203 p. (ISBN
8575550012)
* DANIELS, Estele & TUITEAN, Paul. Wicca Essencial. São Paulo: Pensamento, 2002. 387 p. (ISBN 8531513375)
* GRIMASSI, Raven. Enciclopédia de Wicca e Bruxaria. São Paulo: Gaia, 2004. 320 p. (ISBN 8575550330)
* GRIMASSI, Raven. Mistérios Wiccanos: Antigas Origens e Ensinamentos, Os. São Paulo: Gaia, 2001. 283 p. (ISBN 8585351780)
* GRINWITCH, Gerina - Poções Mágicas
* MARTINEZ, Mario. Wicca Gardneriana. São Paulo : Gaia, 2005. - (Coleção Além da Lenda). 185 p. (ISBN 85-7555-068-3)
* MILLENNIUM, Wicca-A Bruxaria Saindo das Sombras-São Paulo : Madras, 2004. - (Bruxaria). 192 p. (ISBN 85-7374-920-0)
* PRIETTO, Claudiney. Wicca: a Religião da Deusa. São Paulo: Gaia, 2001. 301 p. (ISBN 8585351845)
* PRIETTO, Claudiney. Wicca: Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna. São Paulo: Germinal, 1999. 203 p. (ISBN 8586439053)
* SHEBA, Lady. Livro das Sombras: os Rituais Sagrados dos Wicca, O. São Paulo: Madras, 2002. 134p (ISBN 8573745150)
* Bruxaria.net
* The Cauldron Brasil
* Wicca Gardneriana
* Wicca Ledger
* Gerald Gardner
* Projeto Stregare
* Stregoneria
* Stregheria Raven Grimassi
* Old Religion
* Abrawicca
* Templo da Deusa
* 3 Luas
* Templo de Brigith
* Diário de um Bruxo
Este artigo é sobre Deus de uma perspectiva monoteísta. Veja Divindade para informações do ponto de vista não-monoteísta.
Os Elementos: Terra, Ar, Água e Fogo.
O conceito deus (Deus ou DEUS, em maiúsculo ou versalete, como algumas religiões exigem) assumiu, ao longo dos séculos,
várias concepções, evoluindo desde as formas mais primitivas provenientes das tribos politeístas da antiguidade até os dogmas
das modernas religiões monoteístas.
Tabela de conteúdo
* 1 Concepção Monoteísta
* 2 A existência de Deus
* 3 A evolução do conceito - Deus
* 4 Variantes especulativas
Concepção Monoteísta
Não somente tribos politeístas e animistas da Antiguidade, como também civilizações como a egípcia e a suméria, a partir
de uma certa época, passaram a adotar práticas henoteístas, isto é, elegiam um único deus dentro de seu panteão cultural,
o qual se tornava o deus daquela tribo ou daquela cidade. Ali, nesse lugar, esse deus escolhido era adorado ou idolatrado
como um Deus-Supremo, isto é, superior a todos os outros deuses. Tal prática foi a precursora da concepção monoteísta, visão
na qual se acredita na existência de um único Deus.
Historicamente, os primeiros escritos puramente monoteístas datam de 1200 a.C., com a unificação de tribos pagãs, que
deram origem posteriormente ao povo judeu.
A Criação do Homem - Michelangelo.
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A Criação do Homem - Michelangelo.
Nas modernas religiões monoteístas Judaísmo, Zoroastrismo, Cristianismo, Islamismo, Sikhismo e Bahaismo, o termo “Deus”
refere-se à idéia de um ser Supremo, Infinito, Perfeito, criador do universo, que seria a causa primeira e fim de todas as
coisas. Dentre as características principais deste Deus-Supremo estariam:
* a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
* a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e,
* a Onisciência: poder de saber tudo.
Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam:
* o Tanakh, dos judeus;
* o Avesta, dos zoroastrianos;
* a Bíblia, dos cristãos;
* o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias;
* o Alcorão, dos muçulmanos;
* o Guru Granth Sahib dos sikhs;
* o Bayan, dos babis; e,
* o Kitab'i'Aqdas, dos bahá'ís;
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens, tais como:
* Abraão e Moisés, na fé judaica;
* Zoroastro, na fé zoroastriana;
* Jesus Cristo, na fé cristã;
* Maomé, na fé islâmica;
* Guru Nanak, no sikhismo, e;
* Bab e Bahá'u'lláh, na fé bahá'í
escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo.
A doutrina espírita considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável e imaterial.
Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
A existência de Deus
Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem, e os principais conceitos filosóficos
que investigam e procuram respostas sobre esse assunto, são:
* Deísmo - Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando,
para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que
admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.
* Teísmo - Teísmo é um conceito surgido no século XVII (R. Cudworth, 1678) contrapondo-se ao moderno ateísmo, deísmo
e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo),
pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um deus
pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta
sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que
engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca
de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente,
mas não exclusivamente, do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito
de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
* Ateísmo – Contrapondo-se à visão da teologia, o ateísmo nega a existência de Deus ou dos deuses. Para
alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas
em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo,
subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.
* Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como
também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica
de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados.
Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.
* Martinismo - Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo,
vejo-me na mente... No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do
útero, após o útero -estou em todos os lugares."
* Teosofia - Baseada nas Antigas Religiões de Sabedoria Divina, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual
e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
A evolução do conceito - Deus
O homem primitivo ao realizar cultos religiosos na busca da clemência de Deus não só durante a sua vivência na terra mas
também na sua vida após a morte, demonstrou uma tomada de consciência da existência de sua alma. Isto mostra talvez, um despertar
para a existência da dualidade do ser humano - matéria x espírito.
Os estudiosos afirmam que o homem primitivo despertou para a consciência da alma no momento em que passou a questionar
a realidade de seus sonhos, nos quais ele vivenciou e sentiu a presença de outros homens, mulheres, crianças, rios, sol, lua,
casa, árvore, as mesmas coisas que ele viu e sentiu durante a vigília. O seu sonho era uma realidade espiritual idêntica,
em formas, à sua realidade material, mas as vivências em sonho eram diferentes das suas vivências durante a vigília: assim
passou a perceber a existência de sua alma.
O homem moderno não é diferente do homem primitivo na sua busca pela tomada de consciência da alma. Não importa o nome
que se dê a alma, pode ser espírito, sopro divino, eu interior, eu superior ou consciência divina, até hoje o homem busca
conhecer este mistério que é a vida. A manifestação da vida na criação é um dos grandes mistérios, senão o maior, a ser desvendado
pelo homem, quando ele despertar para esta tomada de consciência que é viver, refletindo a vida Divina, aí sim ele estará
vivenciando e refletindo a obra do Grande Arquiteto Universal.
Na busca por esta tomada de consciência da alma pode-se encontrar homens que não acreditam na sua existência, ou seja,
no mundo espiritual. Crêem apenas no mundo material, para eles o homem é apenas o seu corpo físico e a sua consciência a manifestação
de suas atividades cerebrais e, muitos por assim pensarem, crêem que a inteligência é fruto de raciocínio concreto e racional,
entretanto não se pode confundir pessoas materialista com ateus.
Estes últimos não acreditam na existência de Deus e os materialistas não acreditam na existência do Espiritual. Levados
talvez por não terem uma concepção concreta e racional da sua existência, os ateus não acreditam em Deus, todavia passam a
acreditar no homem, nesta força Divina que existe em todas as criaturas.
Na tentativa em descobrir o seu Criador o homem depara-se com um enigma: a existência de um Deus Onipresente, Onipotente
e Onisciente, ou seja um Deus absoluto, Criador e Criatura ao mesmo tempo. Se Deus é Criador e Criatura ao mesmo tempo, haja
visto a sua manifestação através das coisas criadas – homens, animais, árvores, rios, sol, lua, estrelas, nuvens,
terra, etc.– logo, externamente ele não existe.
Se o homem é a criatura criada pelo criador ele é a criatura e é o criador; mas com sua queda, envolvimento, o homem esqueceu
a consciência de sua alma, sua existência, por isso está na terra nesta busca, procurando se encontrar com o seu Criador,
mas buscando Deus fora dele não O encontra e por não encontrá-Lo fora dele não acredita na sua existência e não a concebe
intrinsecamente em todas as coisas e em si, acreditando muitas das vezes no homem, na criatura Divina que é a manifestação
de Deus o Criador, mas não consegue ver Deus na Criatura.
O homem que acredita na existência de um ser Divino dentro de si mesmo, acredita na existência de um Ser Supremo que rege
e comanda tudo quanto há, é um espiritualista; a criatura é o Criador se manifestando, como já foi dito o homem busca desvendar
os mistérios da Vida, porém o que é a Vida? Pôr que a Vida é Vida? Encontra-se mais uma trindade da criação: Criador, Criatura
e Existência; a existência é a vida, a vida é a criatura e a criatura é a manifestação do Criador que por sua vez é a vida.
Pode-se afirmar que a vida é a existência de tudo quanto há, logo, se Eu [criatura] existo sou vida, logo, também SOU Criador
e crente no Ser Supremo e Superior.
Variantes especulativas
* Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que
seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões.
Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propôem que tanto os profetas como
também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento
da civilização.
* Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá
de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: “Pode
ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo [1]”.
* Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades,
medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades
dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Dessa forma, a religião é simplesmente
um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: “o povo não precisa de deus, mas precisa de religião”,
o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que deus é um detalhe
meramente secundário.
* A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensina que há muitos deuses, e que o Deus pai que adoramos
foi anteriormente um ser humano, "um homem exaltado, entronizado em céus distantes".
A Roda do Ano
Atravessando o Ano com a Bruxaria.
Os Sabbats sempre foram épocas de celebração na Wicca, e permaneceram assim. Normalmente nenhum "trabalho" -
de magia ou cura - é relalizado nos Sabbats, a menos que haja alguma emergência. Os trabalhos são realizados nos Esbats. Antigamente
os Sabbats eram com frequência uma época em que vários covens diferentes se reuniam para celebrar. Eram as grandes reuniões
de Bruxos registradas pelos antigos escritores e retratadas por artistas. Os Esbats, pelo contrário, eram sempre para assuntos
pessoas e pequenos conven. Se vários convens se reunissem para o Sabbat, ele era oficiado peça Alta Sarcedotisa mais antiga,
ou rainha do Sabbat. Hoje as celebrações se tornaram banquetes de comidas, cada coven trazendo um prato para a mesa do Sabbat
para refeição após o ritual.
Os Sabbats
Havia quatro Sabbats maiores e quatro Sabbats menores. O Deus reina durante a metade do inverno do ano, quando não era
possivel colher as plantas e a humanidade tinha de depender do sucesso da caçada. Os meses do verão do ano, eram regidos pela
Deusa, que cuidava das colheitas. Por isso o ano era originalmente dividido em duas partes. As divisões são em SAMHAIN e BELTANE.
Samhain cai no final de outubro,* Beltane no final de abril. Essas duas metades foram então divididas em quartos, com celebrações
marcando os pontos médios das metades do verão e do inverno. Na metade após o inverno era IMBOLC, no final de janeiro. A metade
após o verão era LUGHNASADH, no final de Julho. Posteriormente no desenvolvimento da humanidade, os festivais solares foram
adicionados aos que marcavam os eventos de agricultura como Sabbats menores: os SOLSTÍCIOS DE VERÃO E DO INVERNO e os EQUINÓCIOS
DA PRIMAVERA E DO OUTONO.
RODA DO ANO
SAMHAIN (véspera de novembro) YULE (21 de dezembro) IMBOLC (véspera de fevereiro) PRIMAVERA (21 de março) BELTANE (véspera
de maio) SOLSTÍCIO DE VERÃO (21 de julho) LUGHNASADH (véspera de agosto) OUTONO (21 DE SETEMBRO)
* As datas dos Sabbats sofrem alterações de acordo com o emisfério onde são realizados. As datas de referência nessa
obra se aplicam ao hemisfério norte. Fique atento com as devidas alterações para o hemisfério sul.
Esbat
De um modo geral, qualquer ritual Wiccano mantido em qualquer outra altura que não num Sabbat é um Esbat. Os rituais de
lua cheia são Esbats, mas não são os unicos Esbats. Algumas tradições também mantêm círculos nas luas novas, sendo também
Esbats.
Há muitas razões para a observância de Esbats.
Pode desejar falar com a Deusa e não há melhor lugar para o fazer, em segurança, do que dentro de um círculo. Pode ter
uma necessidade mágica urgente (como a doença de um amigo) que exija que um círculo tome lugar e o poder seja aumentado no
seu interior.
E, tal como muitos Wiccanos, pode simplesmente desejar reviver a atmosfera serena e inesplicável do círculo, o que também
está certo.
Muitos Esbats não são planeados com antecedência. Mesmo assim, todos seguem virtualmente o mesmo formato ritual básico
sublinhado em cima, com uma excepção: as observações rituais não são mantidas e a magia pode ou não ser feita. Tirando isto,
é em tudo idêntico. Os rituais de lua cheia são um pouco diferentes.
Como sabe, a maior parte dos rituais de lua cheia observados hoje em dia na Wicca são mantidos, como é natural, na lua
cheia. Se isto não for possivel, dois dias antes ou dois dias depois da fase em si é considerado ser suficientemente perto
da mesma.
Retirado da http://pt.wikipedia.org/wiki/Deusa
Wicca
Uma religião natural baseada no que se pensa eram as práticas de antigas religiões, especialmente a celta, mais em consonância
com as forças da natureza que o cristianismo e outras modernas religiões do Ocidente. Contudo, mais que ver os wiccans como
membros de uma religião, é talvez mais certo vê-los como partilhando uma base espiritual da natureza e dos fenómenos naturais.
Pois os wiccans não teem credo escrito a que os ortodoxos devam aderir, nem templos de pedra ou igrejas para adoração. Praticam
os rituais em parques, jardins, florestas, ao ar livre. De acordo com uma FAQ da Wicca
"Wicca" é o nome de uma religião contemporânea neo-pagã, largamente popularizada pelos esforços de um funcionário
publico reformado inglês chamado Gerald Gardner (finais de 40). Nas ultimas décadas, Wicca espalhou-se em parte devido à popularidade
entre feministas e outros que buscam uma religião com uma imagem mais positiva da mulher e mais próxima da terra. Como a maior
parte das espiritualidades neo-pagãs, Wicca adora o sagrado como imanente à natureza, retirando muita da sua inspiração da
religiões da Europa não-cristãs e pré-cristãs. "Neo-Pagão" simplesmente significa "novo pagão" e vem dos
tempos anteriores ao espalhar das actuais religiões monoteístas. Uma boa regra é que os Wiccans são Neo-Pagãos mas nem todos
os Pagãos são Wiccans. [ Wicca FAQ]
Uma boa regra é que não parece haver um conjunto de crenças ou práticas que constituam a Wicca, embora uma regra se destaque:
Não causes dano a ninguem, faz o que desejas. Tambem alguns rituaus parecem associar os Wiccans a fenómenos naturais como
as estações, solsticios e equinócios. Por exemplo, celebram o verão num rito de fertilidade chamada Beltane. Em vez de rezarem
a um deus não natural e para lá da experiência, parecem mais concentrados em ligarem-se à natureza. Os seus rituais parecem
metáforas para processos psicológicos. Cantam, dançam, acendem velas e incenso. Usam ervas e podem favorecer ervas em detrimento
das medicinas tradicionais. Em rituais de grupo expressam os seus desejos de comunidade. Não fazem encantamentos. Pedem bençãos
ao norte, sul, este e oeste. Meditam. Não cozinham poções em caldeirões. Rezam aos deuses e deusas da natureza, podendo ser
considerados panteistas.
Os Wiccans pensam-se como uma religião da Natureza. Os seus rituais baseiam-se nas quatro estações; os seus simbolos na
ligação da vida humana à Natureza. Contudo, penso que os verdadeiros adoradores da Natureza são as estátuas de Pompeia. São
eles os que viram a vaga de lava levar os seus, os que foram sugados das suas casas e atirados ao céu do vulcão. São os enterrados
nas rachas da terra, devorados por uma paisagem indiferente. Os wiccans cantam ao vento, ao ar, ao fogo e à terra mas caem
de joelhos frente ao furacão? Adoram os tornados? Penso que se se tentam ligar às forças naturais criativas, não deviam ignorar
as forças destrutivas da Natureza, pois são tão abençoadas e naturais como a lua cheia.
Nenhuma magia wiccan magick para uma inundação, não acalmou os tornados, não acalmou o tremor da terra, nem adormeceu
o tsunami. A atração da wicca pode dever-se à sua posição sobre as mulheres, a sua visão naturalistica do sexo, e à promessa
de poder pela mágika. É muito popular entre as mulheres, e é tentador dizer que a wicca é a vingança das mulheres por séculos
de misoginia e de "genicidio" praticado pelas religiões estabelecidas. Wicca, como a religião celta, permite às
mulheres participação total nas suas práticas. As mulheres são iguais, se não superiores, aos homens. As mulheres na mitologia
celta são invulgares. São inteligentes, poderosas guerreiras, sexualmente agressivas e lideres de nações.
Finalmente, devemos notar que wicca não está relacionada com adoração satanica. Esta está relacionada com a perseguição
de "bruxas" pelos Cristãos, especialmente durante a Inquisição. O espirito da Inquisição, contudo, vive nos corações
de muitos devotos cristãos que continuam a perseguir wiccans, entre outros, como adoradores do diabo. Os modernos inquisidores
não queimam pessoas. Em vez disso tentam abolir o Dia das Bruxas, livros infantis que falem de bruxas, e qualquer nome, numero
ou simbolo que os cristãos associem a satanás. São as modernas vitimas de rituais satanicos tão iludidas como as bruxas caçadas
pelos cristãos ao longo dos séculos que acreditavam que eram mesmo tão diabólicas como os perseguidores diziam que eram? São
as wiccans de hoje parte de uma conspiração satanica? Duvido. Se há cristãos a serem abusados por adoradores do diabo, os
seus abusadores não pertencem à conspiração religiosa internacional conhecida como Wicca.
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