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"Ciências" Ocultas & Ocultismo
As "ciências" ocultas são coisas como a alquimia, magia, astrologia, e outras "artes" adivinhatórias
que empregam encantamentos ou fórmulas mágicas na tentativa de obter conhecimentos ou poderes ocultos.
Ocultismo refere-se à crença em poderes ocultos ou misteriosos, que podem ser controlados por seres humanos possuidores
de conhecimentos especiais sobre tais poderes.
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Alquimia
A alquimia é uma arte e pseudociência oculta. Os principais objetivos de seus praticantes têm sido
(1) transformar metais comuns (como chumbo ou cobre) em preciosos (como outro ou prata) (o motivo da transmutação);
(2) criar um elixir, uma poção ou um metal capaz de curar todas as doenças (o motivo médico), e
(3) descobrir um elixir que conduziria à imortalidade (o motivo da transcendência).
A substância mágica que transmutaria metais, seria a panacéia universal e serviria como chave para a imortalidade era
chamada de pedra filosofal.
A alquimia é baseada na crença de que há quatro elementos básicos --fogo, ar, terra e água-- e três essenciais: sal, enxofre
e mercúrio. Grandes sistemas simbólicos e metafísicos foram construídos sobre esses sete pilares da alquimia. A literatura
oculta chinesa e egípcia antigas, são consideradas os alicerces sobre os quais a alquimia se apóia. Ela era muito popular
na Europa medieval, onde um dos livros mais sagrados dos alquimistas tinha sido alegadamente escrito pelo deus egípcio Tote,
conhecido como Hermes Trimegisto (Hermes = o três vezes sagrado). (Hermes era o deus grego que servia como mensageiro de entregava
as almas dos mortos para Hades.) Em 1445, um manuscrito intitulado Corpus Hermeticum começou a circular em Florença, na Itália.
Era alegadamente uma compilação do conhecimento alquímico, astrológico e mágico do deus egípcio. No entanto, agora sabe-se
que a obra tinha origem européia e datava de algum tempo após a época em que Tote prosperava. A obra é repleta de encantamentos
e feitiços mágicos, e outras idéias ocultas inúteis.
Hoje em dia, o motivo da transmutação é grandemente ignorado, ao passo que os motivos da transcendência e médico ainda
têm força em áreas como a homeopatia e a aromaterapia. Muitos dos alquimistas modernos combinam sua arte oculta com a astrologia,
acupuntura, hipnose e uma ampla variedade de buscas espirituais da Nova Era. Diferentemente da química moderna, que teve origem
na alquimia, a antiga arte é fortemente espiritual. Os alquimistas podem ter sido os primeiros a testar suas idéias através
da criação de experiências, mas devido aos seus propósitos e crenças intensamente metafísicas, não desenvolveram métodos científicos
modernos. A alquimia nunca se separou do sobrenatural, do mágico e do supersticioso. Talvez seja por isso que ela ainda seja
popular, embora não tenha conseguido praticamente nada de valor duradouro. Os alquimistas nunca transmutaram metais, nunca
encontraram uma panacéia, e nunca descobriram a fonte da juventude.
Alguns alquimistas, no entanto, realmente fizeram contribuições para o avanço do conhecimento. Por exemplo, Paracelso
(1493-1541) introduziu o conceito da doença na medicina. Rejeitou a idéia de que a doença era uma questão de de desequilíbrio
ou desarmonia no corpo, embora essa visão seja preferida pelos alquimistas modernos. Pelo contrário, Paracelso sustentava
que as doenças eram causadas por agentes externos ao corpo, que o atacavam. Recomendava várias substâncias químicas para combater
as doenças.
A alquimia continua prosperando entre os anticientíficos. Robin Murphy, por exemplo, uniu a alquimia à homeopatia e à
astrologia para criar sua própria marca de medicina alternativa. O Alchemical Institute anuncia a Hipnoterapia Alquímica para
aqueles que buscam uma terapia Nova Era de fortalecimento, baseada em pseudociências ocultas. O alquimista John Reid promete
saúde e sucesso na busca da QUINTESSÊNCIA! É importante observar que a ciência como nós a conhecemos só foi capaz de se desenvolver
quando a busca por essências e pela quintessência das coisas foi abandonada.
Trimble, Russell, "Alchemy," em The Encyclopedia of the Paranormal editada por Gordon Stein (Buffalo, N.Y.:
Prometheus Books, 1996), pp. 1-8.
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Mágika
Para os magos da Nova Era, mágika é a arte e ciência de causar mudanças de acordo com a vontade por meios não fisicos.
Portanto, magika é associado com todo o tipo de fenómenos ligados ao paranormal e ao oculto, incluindo mas não se limitando
a: pes, projecção astral, curas psiquicas, cabala, chakras, e vários simbolos (como o pentagrama) bem como comportamentos
rituais simbólicos com o fim de obter poderes que permitam vencer as leis da fisica, quimica e outras forças naturais. Para
os magos da Nova Era existe a magia branca (boa) e a magia negra (má).
As religiões baseadas no Velho e Novo Testamentos sempre associaram a magia a falsos profetas, baseados na crença de que
Satanás regularmente exibe o seu poder e partilha-o com os humanos. Usar poderes que contradizem as forças naturais é bom
se feito por ou através de Deus, de acordo com a sua visão. Tais exibições chamam-se milagres. Se feito por forças diabólicas
é mau. PAra estes crentes há milagres (bom) e magia (má).
A ideia de ser capaz de controlar o tempo ou a saude de alguem por um acto de vontade é muito atraente. Tal como a ideia
de vingar-se de um inimigo sem ter de levantar um dedo. Mas se está a pensar nisso, considere este aviso de uma autoridade
no assunto:
...rituais mágikos (ou qualquer ocultismo) é muito perigoso para os mentalmente instáveis. Se, de algum modo, fôr "demasiado
longe" use o seu passado religioso ou o seu antigo sistema de crenças para se apoiar. Mas lembre-se tambem que experiências
estranhas não são necessariamente más experiências. [jounsmed]
Isto são palavras de sabedoria: o estranho não é necessariamente mau. Ou por outras palavras, o estranho não é nacessariamente
bom.
A magia dos mágicos de espectáculo estão relacionados com a mágika no sentido em que usam truques para fazer a audiência
crer que fizeram coisas que, se reais, exigiriam poderes sobrenaturais ou paranormais, materializando objectos como aneis,
pombas ou coelhos. Alguns mágicos atribuem os seus feitos não a magia mas a poderes sobrenaturais ou paranormais, como por
exemplo, Sai Baba na India e Uri Geller em Israel.
Muitos de nós sentem-se desconfortáveis perante o que parece inexplicável. Parecemos necessitar de encontrar uma explicação
para tudo, preferindo uma sobrenatural a uma cientifica e más teorias a nenhuma. De qualquer modo, há provas de que mesmo
quando informado e educado, um numero significativo de pessoas prefere acreditar em mágikas do que na ciência. Vários estudos
o demonstram.
Um dos estudos foi feito pelos psicólogos Barry Singer e Victor Benassi na California State University em Long Beach.
Trouxeram o magico Craig Reynolds para realizar alguns truques perante quatro classes de introdução à psicologia. A duas das
classes não foi dito que ele era um mágico fazendo truques de espectáculo. Foi-lhes dito que era um aluno prestes a formar-se
que afirmava ter poderes psiquicos. Foi-lhes dito pelo professor explicitamente que este não acreditava que esse "aluno"
ou qualquer outra pessoa tivesse poderes. Nas outras duas classes foi dito que era apenas mágico. Singer eBenassi relataram
que cerca de dois terços dos alunos de ambos os grupos acreditaram que Craig era psiquico. Os investigadores ficaram surpreendidos
ao descobrir que não havia diferença significativa entre os grupos "mágico" e "psiquico". Fizeram então
a mesma apresentação a duas outras classes explicitando que Craig não tinha qualquer poder psiquico e que ia realizar alguns
truques em que fingia ler a mente e demonstrar poderes psiquicos. Mesmo assim, mais de metade dos alunos acreditou que Craig
era psiquico após verem a sua exibição.
Singer e Benassi perguntaram então aos estudantes se achavam que os mágicos podiam fazer exactamente o que Craig tinha
feito. A maioria dos estudantes respondeu que sim. Foram então perguntados sobre se queriam rever a sua opinião sobre os poderes
psiquicos de Craig à luz dos dados negativos que eles próprios tinham fornecido. Poucos o fizeram, reduzindo a percentagem
dos que acreditavam nos poderes psiquicos de Craig para 55 %. Foi-lhes então pedido que calculassem quantos dos chamados psiquicos
são realmente fraudes usando truques. O consenso foi que a maioria deles são aldrabões. Foi-lhes novamente perguntado se queriam
rever a sua opinião sobre Craig. Apenas alguns o fizeram, reduzindo a percentagem para 52%.[Douglas Hofstadter relatou este
estudo na sua coluna mensal no Scientific American em Fevereiro de 1982. Foi republicado em Metamagical Themas: Questing for
the Essence of Mind and Pattern, (New York: Basic Books, 1985), capitulo 5, "World Views in Collision: The Skeptical
Inquirer versus the National Enquirer". O estudo de Benassi/Singer foi publicado em "Fooling Some of the People
All of the Time," no numero de Inverno de 1980/81 do The Skeptical Inquirer).
Para muitas pessoas, a vontade de acreditar ultrapassa a capacidade de pensar criticamente. Aparentemente, para essas
pessoas, o mundo parece mais interessante se feito com psiquicos, mágikos e feiticeiros. Para muitos cientistas, contudo,
a beleza do mundo e a sua magnificência diminuem quando se avança para a pseudociencia. "O mistério dos horoscopos, fenómenos
psiquicos, biorritmos, nunca desaparece, por mais que "investigue" esse assunto. Não há principios fundamentais
a compreender."[Radner and Radner, p. 100.] Porem, são esses principios que revelam a beleza e a magia da natureza.
Claro que a beleza e a magia da natureza nada tem a ver com mágika. Há magia no nascer de uma criança, a magia do verdadeiro
amor. Há magia no levantar-se de manhã através de um acto de vontade. Infelizmente, isso apenas parece magia para os que não
teem esse poder. Os que são capazes de dirigir o nosso corpo através de um acto de vontade muitas vezes tomam isso como garantido.
Não vemos a maravilha de coisas simples como o gesto de limpar o suor da testa. Achamos normal olhar os oceanos e os glaciares,
o pôr do sol, as flores. Estes são verdadeiros feitos mágicos e, quando comtemplados, teem maravilhas capazes de encher vários
universos. Mas para muitos, parece, esta magia real nunca será suficiente.
Incantação
Uma incantação é uma magia verbal usada em rituais mágicos
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